Caracteristícas gerais
É comum ver, nas lojas de eletrônicos, os consumidores parados em frente às TVs de alta definição: pela alta qualidade, as imagens podem impressionar até os menos ligados no assunto. Os números do mercado comprovam o interesse e indicam que esse tipo de tecnologia tem cada vez mais espaço na casa dos brasileiros: segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a Zona Franca de Manaus produziu 1,86 milhão de TVs de LCD e plasma de janeiro a julho deste ano, contra 1,18 milhão no mesmo período de 2008. No ano passado inteiro, foram 2,7 milhões de unidades.
Como no país os modelos de LCD são mais populares que os de plasma, o G1 elaborou um guia para ajudar na compra desses aparelhos que caíram no gosto dos consumidores. Confira abaixo o que você precisa saber antes de levar um modelo para casa.
Características
A TV de LCD (tela de cristal líquido) está dentro da categoria dos aparelhos de alta definição, da qual também fazem parte as TVs de plasma e, mais recentemente, os modelos LED. As imagens nos aparelhos modernos são bem mais detalhadas do que aquelas exibidas no modelo analógico (a tradicional TV de tubo).
Se um canal não estiver no formato digital, mas sim analógico , é possível que duas faixas pretas apareçam nas laterais da tela. (Foto: Arte/G1)
O formato da transmissão nesse tipo de aparelho é de 16:9, assim como no cinema, contra 4:3 dos televisores antigos. Isso aumenta o campo de visão do telespectador e exige imagens em alta definição. Se um canal não estiver no formato digital, mas sim analógico (menos qualidade), é possível que duas faixas pretas apareçam nas laterais da tela – ao tentar evitá-las, o dono da TV pode acabar distorcendo a imagem.
As TVs LCD também apresentam melhorias em relação ao som: alguns possuem alto-falantes para sons agudos e graves, além dos alto-falantes tradicionais. Os aparelhos também permitem o uso de sistema de áudio surround 5.1: assim, com a aquisição de um home theater, diferentes tipos de sons serão emitidos em diferentes pontos da sala, reproduzindo ao telespectador um ambiente parecido com aquele exibido na tela.
Para tirar todo proveito dessa tecnologia, as TVs em alta definição precisam de fontes que sigam esse padrão, como aparelhos de Blu-ray e sinal de TV digital (para evitar as faixas pretas laterais). Uma TV LCD está programada para funcionar em média 60 mil horas, ou 20 anos se usada oito horas por dia, segundo fabricantes.
Resolução
A imagem exibida na tela da TV é composta por pequenos pontos coloridos, os pixels, que ficam alinhados: quanto maior a quantidade de pixels, maior a definição da imagem. Enquanto imagens em alta resolução têm até 1.080 linhas, nas TVs de tubo, convencionais, cada quatro é formado por 480 linhas. A TV LCD com maior resolução do mercado atualmente é a chamada Full HD, que tem resolução de 1.920 x 1.080.
Mesmo sem conhecer as informações técnicas, o telespectador acostumado a uma TV de tubo (480 linhas) certamente saberá que a qualidade da imagem é superior quando assistir a um jogo de futebol, com transmissão em alta definição, em uma TV com 1.080 linhas.
Segundo Daniela Hashizume, gerente de produtos da área de TV da Samsung, um aparelho já é considerado de alta definição com resolução de 1.024 x 768. Modelos com qualidade de imagem abaixo do Full HD, mas também com alta definição são chamados de HD ready. Dentro dessa categoria se encaixam, por exemplo, os modelos apresentados no mercado como 720p (eles têm alta definição, mas não possuem a melhor qualidade disponível).
Os fabricantes usam as letras “p” e “i” quando falam em resolução, para demonstrar o tipo de atualização de imagens: progressiva ou entrelaçada. No primeiro caso (considerado de maior qualidade), as linhas são atualizadas de forma simultânea, enquanto no segundo a atualização é feita primeiro pelas linhas ímpares e depois pelas linhas pares. Isso tudo acontece em frações de segundos: o usuário não consegue ver a atualização, mas o resultado é melhor na alternativa progressiva. Sendo assim, a melhor resolução disponível no mercado é a de 1080p.
Preço
Ao contrário das TVs de plasma, disponíveis a partir de 40 polegadas, as TV LCD podem ser encontradas em tamanhos menores – teoricamente, quanto menor a tela, menor o preço.
No Brasil, há, por exemplo, um modelo simples, com 22 polegadas, 2 entradas HDMI e resolução de 1.366 x 768, por R$ 1,5 mil. Já por R$ 9,1 mil, é possível levar para casa um aparelho com características bem mais avançadas: 52 polegadas, full HD (1.920 x 1.080), conversor digital integrado e quatro entradas HDMI.
Se o consumidor não for dos mais exigentes, ele pode encontrar um bom produto – mas não com a máxima qualidade
E a TV de plasma?
No Brasil, as TVs de LCD são mais populares que as de plasma – tanto que nem todos os fabricantes disponibilizam a segunda alternativa. Cesar Trajano Rodrigues, gerente de compras de eletrônicos do Magazine Luiza, acredita que a preferência pelo LCD pode estar ligada a um paradigma inicial, de que o plasma possuía tempo de vida curto e tinha um consumo de energia elevado. “Essa ideia pode ter assustado um pouco o consumidor brasileiro, tornando o plasma até hoje um ‘vilão’ nas vendas de TVs”, disse ao G1.
Já Daniela Hashizume, da Samsung, afirma que a maior popularidade da LCD pode estar associada ao tamanho dos televisores. “Há muitos tamanhos disponíveis com a tecnologia LCD: elas vão de 22 polegadas a 55 polegadas. Já as TVs de plasma surgem a partir de 42 polegadas, que não cabem em todas as casas nem são acessíveis para todos os bolsos”, diz a gerente de produtos da área de TV.
No Brasil, o preço do modelo de plasma pode ser mais vantajoso, porém existem menos alternativas disponíveis no mercado. Ainda entre as vantagens desse modelo, os especialistas dizem que a TV de plasma tem melhor qualidade e maior ângulo de visualização (fica mais fácil assistir TV quando se está ao lado dela) que o LCD.
Por outro lado, o plasma tende a refletir mais luz: sendo assim, é menos aconselhada para ambientes claros. Uma desvantagem citada com frequência quando se trata desse modelo é o consumo de energia, que diminuiu com o desenvolvimento da tecnologia, mas ainda é superior ao das TVs de LCD.
Uma novidade na área de alta definição é a TV de LED (light emiting diode), vendida no Brasil pela Samsung (o modelo de 40 polegadas é encontrado por cerca de R$ 6 mil). Por conta dessa nova tecnologia, o fabricante promete maior qualidade nas imagens e redução no consumo de energia em até 40%.
TV LED gasta menos energia, mas ainda custa mais que as alternativas de plasma e LCD. (Foto: Divulgação )
Tamanho da tela
Nem sempre a maior tela de LCD será a melhor escolha: essa decisão depende do ambiente onde o televisor será colocado. Por isso, a Philips criou uma tabela que indica a quantos metros o televisor deve ficar do telespectador, dependendo do tamanho da tela. Confira.
- De 19 a 26 polegadas = de 1,5 a 2 metros.
- De 32 a 37 polegadas = de 2,4 a 2,8 metros.
- De 42 a 47 polegadas = de 3,2 a 3,6 metros.
- Acima de 52 polegadas = mais de 4 metros.
Aspectos técnicos
Para definir qual TV LCD levar para casa é importante conhecer alguns aspectos sobre essa tecnologia. Confira abaixo as informações antes de ir às compras.
- Entrada HDMI. Conexão de alta definição para áudio e vídeo, realizada através de um único cabo. Com essa entrada, é possível conectar aparelhos de Blu-ray, computadores ou videogames de última geração à TV de LCD. Se o usuário pretende conectar muitos aparelhos, deve optar por um televisor com mais entradas (quatro, por exemplo).
- Conversor digital integrado. Permite que o usuário assista aos canais de TV transmitidos em alta definição através do Sistema Brasileiro de TV Digital. Para isso, o televisor precisa ter sido comprado no país – caso contrário, a tecnologia pode não ser compatível.
- Freqüência. As TVs de LCD convencionais apresentam 60 Hz, o que representa exibição de 60 imagens por segundo. Há também alternativas de 120 Hz, que garantem mais qualidade nas cenas de velocidade. “Quanto maior a frequência, melhor a resolução da imagem em movimento”, diz Cesar Trajano Rodrigues, do Magazine Luiza.
- Potência de Áudio. Esse valor, que determina a intensidade do som, é considerada bom quando tem 20 W (watts). Há alternativas com mais potência, para os mais exigentes.
- Resolução. É o que determina a qualidade da imagem. Atualmente, o modelo com maior resolução do mercado é o Full HD (1.920 x 1.080). Os modelos com qualidade de imagem abaixo do Full HD, mas também com alta definição são chamados de HD Ready. Dentro dessa categoria se encaixam, por exemplo, as versões apresentadas no mercado como 720p (elas têm alta definição, mas não possuem a melhor qualidade disponível).
- Taxa de contraste. Quanto maior, mais será a variedade de cores: essa taxa mede a diferença de intensidade entre o branco e o preto. Nas especificações, esse valor – que segue a máxima do “quanto mais, melhor” — aparece como 80.000:1 e 100.000:1, por exemplo.
- Tempo de resposta. É o tempo de transição que leva para os pixels apagarem e acenderem, quando reproduzem o movimento da imagem. Esse período é medido em milisegundos (MS) e, por isso, o ideal é que o valor seja pequeno.
Fonte de Texto G1/Globo
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